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sábado, 29 de maio de 2010

Contínua Asfixia

Sabe quando as coisas acontecem exatamente no momento certo?

Foi isso que aconteceu.

Aqueles papéis desconhecidos caíram em minhas mãos no exato momento que eu precisava.

Quando eu menos esperava.

E o trecho seguinte foi tirado daqueles exatos papéis.

Destino? Creio que não.

"Tiro assim três conseqüências [da consciência angustiada sobre o absurdo] que são a minha revolta, a minha liberdade e a minha paixão. Pelo jogo da consciência, transformo em regra de vida o que era convite à morte – e recuso o suicídio." – Albert Camus

sábado, 22 de maio de 2010

Correntes

Alguém por favor poderia comunicar ao meu carrasco que eu quero vê-lo?

Pois creio que esse costume de autopunição já não cause os mesmos efeitos que causavam há algum tempo atrás.

Os efeitos de culpa e medicamento. Os mesmos efeitos que me levavam à aprendizagem.

Hoje eu não posso usufruir daquele privilegio.

Talvez o comportamento se adapte mais facilmente que a mente em si.

E é assim que os segundos passam: espremidos por entre o minúsculo espaço que há entre o ferro e a minha pele.

O mesmo ferro que pesa sobre meus pulsos e tornozelos. A mesma corrente que contrai meu crânio para trás e o deixa em completa desordem.

E não existem rachaduras para que eu possa me libertar. Também não existe um consentimento correto entre meu desejo e minha consciência.

O pior do que não ter o poder, é tê-lo e saber que não pode usá-lo. Essa situação é sufocante, asfixiante. Terrível.

Agora, alguém poderia chamar o meu carrasco, para que isso se torne mais suportável, por favor?