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sábado, 18 de setembro de 2010

Os 11 melhores livros

Bom, olá pessoas, aqui estou eu novamente.Como vocês devem ter percebido, esse é um dos poucos dias em que eu me acordei inspirada para escrever, portanto fiquem felizes por mim.

Mas eu resolvi fazer um post diferente dessa vez, apenas pra compartilhar com vocês a lista que eu elaborei com os meus onze livros preferidos. E bom, assim como acredito que algumas pessoas façam, eu vou começar do decrescente ao crescente, ou seja, deixarei o melhor para o final, exatamente como quando eu vou no Mc Donald's e sempre deixo a batatinha por ultimo. Afinal, quem nunca fez isso?

So, hey ho, let's GO!


11° Lugar – Crepúsculo    

Hum, como deverei explicar o fato de que um dos mais marcantes livros que eu já li está em ultimo lugar nos meus favoritos? Deixe-me ver...

Bem, como todos já estão carecas de saber, "Crepúsculo" conta a história de uma menina normal e sem graça que se apaixona pelo todo poderoso vampiro-mocinho e com o decorrer do tempo ela acaba se envolvendo em perigos horríveis e acaba até se apaixonando pelo seu melhor amigo, que ironicamente, é um lobisomem quase tão atraente quanto o personagem principal. Obviamente eu me refiro aos três patetas, Bella Swan, Edward Cullen e Jacob Black.

Não posso negar que eu sou apaixonada pelos livros desde 2007, e já li e reli muitos trechos da historia. Devo admitir que Edward é um verdadeiro inútil na historia, definitivamente o personagem mais chato do livro, ganhando até da amiguinha hipócrita da Bella, Jéssica.E, como não deveria deixar de ser, Jacob é um idiota, rude e imaturo. Mas ele é engraçado e me fez rir conforme o percurso da historia. Quanto à Bella, bem, ela é uma garota estúpida e egoísta, que só pensa no seu maravilhoso mundinho de conto de fadas, no qual ela sonha em se tornar vampira e existir pra sempre com seu vampirinho perfeito. Além de ser neurótica e meio maluca, ela também é desnecessariamente melodramática. Mas apesar de todos os contras, eu amo essa historia. Creio que o amor "bobinho" seja a coisa mais fofa já criada por uma autora de romances sobrenaturais, e isso é divertido quando você tem 13 anos ou simplesmente esta afim de pensar que as coisas são tão bonitinhas assim.



10° Lugar – Vampire Kisses

Sabe aquele livro engraçado, com uma aventura bem balanceada com um toque de romance adolescente e quem sabe alguns vampiros pra quebrar o clima de normalidade? É exatamente isso que a série "Vampire Kisses" oferece aos seus leitores. Nós mergulhamos na vida de Raven Madison, uma garota gótica que mora em uma cidade pequena e assim como a maioria dos góticos é excluída dos grupinhos sociais de sua escola e conta com a amizade de uma única garota, também excluída, mas nada gótica. Raven acaba por conhecer o vampiro Alexander Starlling, e os dois se apaixonam, começando aí uma historia de amor super meiga ao maior estilo "gótico" possível, tanto é que uma das melhores falas da Raven, é quando ela descreve Alexander como seu "príncipe das trevas", o seu "cavalheiro da noite". Particularmente, eu acho que Alexander é quase tão inútil quanto Edward Cullen, mas gosto é gosto...

Com o desenrolar da série, Raven conhece vários outros vampiros, se forma na escola, prega peças nos colegas fúteis que sempre a discriminaram, tem encontros românticos em cemitérios e cavernas sombrias, além de encarar a trama sempre com bom humor e um tom irônico que eu adoro.


9° Lugar – O vendedor de Sonhos

Com certeza um dos livros mais incríveis que eu já li, "O vendedor de sonhos" conta a historia de um mendigo de São Paulo, que levando sua filosofia e positividade pelas ruas, acaba por mudar a vida de várias pessoas, apenas vendendo sonhos. Ele consegue seguidores por todo o país e acaba virando uma celebridade apenas por ter sido um dos revolucionários mais sensíveis e carismáticos que já existiu. Creio que Augusto Cury – que a propósito é um renomado psicólogo e professor, e particularmente, creio que seja um dos caras mais inteligentes do Brasil – tenha se baseado na história de Jesus para criar seu personagem. Durante todo o livro, nos deparamos com frases, reflexões e muitos desencontros além de um belo tratamento de choque proposto pelos personagens. Eu li, reli e recomendo a todos que quiserem um pouquinho mais de sabedoria para seus dias, que leiam qualquer livro desse autor maravilhoso, que com certeza mudou a minha vida, com vários de seus livros. Foi muito difícil escolher apenas um dele para descrever, porém, devo admitir que esse é o meu preferido. Valeu, Cury!


8° Lugar – Morganville Vampires

Sim, essa é a capa da série de vampiros mais enrolada que eu já li. O garoto loiro é Shane e a garota atrás, creio que seja Eve. Embora eles sejam os personagens coadjuvantes, não posso deixar de comentar que são meus dois personagens preferidos da historia, junto com o vampiro lunático Myrnin que esta mais para vilão do que para coadjuvante. Essa é a primeira série da qual eu simplesmente tenho uma aversão à personagem principal por dois minúsculos motivos:Claire é terrivelmente mais repetitiva, neurótica, chata e frágil do que a Bella, e cara, isso é difícil! E o segundo motivo não menos importante: Ela namora Shane Collins, que é simplesmente o personagem mais divertido, animado, descabelado, atraente, charmoso, interessante e adoravelmente idiota da historia. Ou seja, eu não gosto dessa menina. Porém, a historia é agradável, e eu admito que talvez (veja bem: TALVEZ) ler a historia através da visão de Claire seja bem emocionante. Eu acabei me apegando ao fato de que quatro amigos moram em uma casa na cidade de Morganville, que é infestada por vampiros e acabam por se meter em vários problemas( muitos deles causados pela tal da Claire), e assim causando a fúria dos fundadores da cidade. Com o decorrer do livro, embora a historia seja repetitiva e as vezes canse, continua sendo uma das minhas series favoritas por tratar de vários núcleos diferentes, os quais envolvem sempre aquele tom de "sobrenatural".

Vale a pena conferir.


7° Lugar – Fallen

Semana passada foi quando eu finalmente consegui concluir a leitura desse livro. E devo adiantar que é uma historia realmente fascinante. Sabe quando a historia é tão envolvente que você acaba criando uma espécie de vicio? Então, foi isso o que aconteceu. A trama é sobre o amor entre Daniel e Lucy, que são respectivamente, um anjo caído e uma garota amaldiçoada. Durante todas as encarnações de Lucy, ela viveu apenas até os seus 17 anos e depois acabou morrendo por não ter alcançado a evolução espiritual que não nos é deixada clara no primeiro livro. A questão, é que os dois nunca podem ficar juntos, porque quando isso ocorre, a menina simplesmente vira cinzas. Yeah! O livro é puro romance no estilo melancólico e misterioso. E claro, não poderia deixar de ter um segundo anjo caído na historia, o tal do todo-bonitão, Cam, que tenta seduzir Lucy por um motivo também não especificado. Como vocês podem perceber, o livro é realmente cheio de mistérios, o que faz com que cada pagina se torne ainda mais encantadora. Sem falar que Daniel Grigori se tornou o meu personagem masculino favorito da literatura sobrenatural (Desculpe-me Shane e Dimitri). Por que apesar de ser um anjo caído e ter uma beleza inocente em seus cabelos loiros e olhos verdes, Daniel é um perfeito idiota. Rude, rebelde, sarcástico, mal educado, bipolar, misterioso, apaixonado, protetor, sensível e terrivelmente convidativo – como a própria Lucy deixa claro na sua descrição do menino – ele tem todas as características que eu admiro em um anti-herói. Ahhh, Daniel...


6° Lugar – Drácula

Ora, ora, ora... estamos chegando ao inicio dos livros clássicos na minha lista. Então vejamos, o que tem Drácula, que o fez vir parar no privilegiado sexto lugar? Ora bolas! Que espécie de pergunta tola é essa que vos faço...é óbvio que Drácula de Bram Stoker não poderia faltar! Lembro de ter lido esse livro em fevereiro desse ano, pela segunda vez, apenas para me relembrar da historia. O resultado? Fiquei apaixonada novamente. É incrível a quantidade de acontecimentos infelizes que cercam essa historia, contada através dos diários de Jonathan, Lucy, Abraham Van Helsing e outros personagens não menos importantes, que narram as atrocidades cometidas pelo vampiro mais famoso e temível da literatura mundial, além de contar todo o armamento e preparação dos personagens na luta contra os terríveis "demônios sanguinários". O refinamento das palavras utilizadas por Stoker, nos fazem voltar até o século XVI, e nos imaginarmos na pele de seu personagens, com suas roupas sofisticadas e suas encantadoras carruagens e viagens à castelos amedrontadores. Sem mencionar o belo clima que envolve a historia, com paisagens que remontam neve, frio e tempestades. Esse é o verdadeiro clima gótico, tão belo e envolvente que é impossível não querer ler.


5° Lugar – A mediadora

Divertida, sombria, jovial, surpreendente, imprevisível e adoravelmente romântica. Essas são as características dessa série de livros que me prendeu na frente de suas paginas durante o decorrer de um ano, para que eu enfim terminasse de ler os 6 livros que completam a historia. Foi o ano em que eu me entreguei às belas piadas e confusões de Suzannah (Suze), uma típica garota norte-americana apaixonada por sapatos, maquiagem e roupas estilosas, que se mudou para a Califórnia e passou a conviver com seu novo padrasto e seus novos irmãos, além de freqüentar uma nova escola e viver em uma casa antiga. Tudo parece muito normal, mas tem um pequeno detalhe: Suze pode ver, falar, bater e até mesmo se apaixonar por mortos. Ela é uma mediadora, que tem como "dever", encaminhar as almas daqueles que pedem por sua ajuda. Lembrando que Jesse, um fantasma que morreu na época do velho oeste, vive em sua nova casa e habita seu novo quarto. E sim, esse é o mocinho da historia, com o qual Suze desenvolve relacionamento meio "conturbardo" em meio à discussões, lutas contra noivas-mortas-vingativas e beijos roubados.É uma historia incrível, que envolve exorcismos, paixões proibidas e saltos quebrados. Definitivamente uma série que vale a pena ser lida, relida e recomendada.



 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

4° Lugar – Harry Potter

Ah, você realmente não pensou que eu, como a verdadeira amante de séries de livros sobrenaturais, iria deixar de ler a historia do bruxo mais famoso do mundo, não é?! Pois, então, eu amo Harry Potter. Acompanhando sua historia desde os meus 10 anos, Harry, Rony, Hermione, Hagrid, Dumbledore, Doby,Gina e até mesmo o imbecil do Malfoy, foram meus grandes amigos por muito tempo.Com um enredo incrível, paisagens magníficas, personagens quase tão reais quanto nossos vizinhos, J.K. Rowling mostra um novo mundo perfeitamente enquadrado em uma espécie de "contos-de-fadas", ao maior estilo infanto-juvenil, com direito a coisas inimagináveis como um vilão que divide sua alma em 7 "horcruxes", ou cobras enormes habitando uma câmara secreta, ou sereias participando de jogos comuns de bruxos, sem falar dos chocolates que trazem como brinde a habilidade de rugir feito um leão ou latir como um cachorro. Também temos padrinhos que são "animagos", amigos de família que são lobisomens, professores que estão no lado negro da força junto com "você-sabe-quem", ou se preferir chame de "aquele-que-não-deve-ser-nomeado", ou apenas chame de "Lord Voldemort" (gritos histéricos de medo). E mesmo assim temos o amadurecimento dos alunos sendo mostrados conforme a evolução de cada volume. É uma das melhores historias do século XXI, com toda a razão por ter virado um verdadeiro fenômeno!


3° Lugar – O morro dos Ventos Uivantes

Desesperador. Se tem uma palavra que defina esse livro, com certeza é "Desespero". Afinal, se você já leu, sabe do que eu estou falando. Lembro-me de ter dormido mal por duas noites consecutivas depois de ter começado a leitura. Devo afirmar que o drama sofrido por Cathy e Heatchcliff, definitivamente me deixou marcas. Era como se a cada capítulo, uma gota de sangue respingasse sobre meus olhos. A cada sofrimento de Heatchcliff, a cada dor de Cathy, a cada injustiça causada na historia, era um motivo a mais para que eu ficasse horas insone, refletindo sobre o comportamento humano. A história do amor impossível, dos danos psicológicos pelo qual cada personagem passou, o comportamento tenebroso e vingativo de Heatchcliff, a incapacidade de lutar que Cathy tinha, a narração lenta de Nelly e a historia macabra que envolve a vida de Emily Bronte, deram o toque especial à melancólica, dramática, sombria, horripilante, desesperadora e maravilhosa trama desse livro que um dos três mais perfeitos livros já escritos na historia da humanidade – ao menos na minha opinião.


2° Lugar – Vampire Academy

A melhor série de vampiros que eu já li. A melhor heroína. O melhor herói. Os melhores vilões. Vampire Academy só não está em primeiríssimo lugar por motivos que explicarei no devido momento, mas por agora, garanto-lhes que se tivéssemos um gráfico, V.A. perderia por menos de 1% do primeiro colocado. Bom, vamos à descrição: Richelle Mead nos leva a conhecer um mundo escondido dos humanos, dividido por 3 raças distintas de vampiros – Moroi, Strigoi e Dhampir – onde há uma constante guerra pela sobrevivência. Morois são vampiros pertencentes à nobreza que possuem um tipo de magia especifica as quais eles usam para o bem do seu mundo; os Strigoi são vampiros sem alma, que andam pelas ruas bebendo sangue de pessoas inocentes e assassinando Morois, buscando dominar mundo e, finalmente, minha raça favorita: Dhampirs, que são metade humanos, metade vampiros. Estes lutam contra Strigois, empalando-os com uma estaca de prata depois de muitos socos, chutes e combos incríveis descritos ao decorrer do livro. Eles tem como tarefa serem guardiões fiéis dos Moroi para o qual são resignados. E é no meio desse universo que vive Rose Hatwaway, uma dhampir shadow-kissed ( beijada pelas sombras). A propósito, Rose é a minha personagem preferida quando se trata de livros sobrenaturais. Ela é esperta, linda, corajosa, inteligente, sarcástica, impulsiva, irresponsável,um pouco promiscua, forte, imatura-madura... Enfim, Rose sem duvidas é o que eu definiria como a mais perfeita heroína de um livro: erra, se supera, erra novamente, aprende com seus erros, volta atrás, pede perdão, chora, ama, luta, abdica de seu egoísmo em prol do bem alheio, persiste nos seus objetivos e principalmente, os alcança. Mas também temos outros personagens incríveis, como Dimitri Belikov, que também é um Dhampir, instrutor de Rose, e a propósito, o motivo principal de seus ataques impulsivos. Um amor impossível e complicado, mas que foge da história "bobinha-clichê", aderindo à uma forte paixão, com cenas fortes e frases adultas. Mas como também não deveria faltar, temos Lissa, Cristian, Adrian, Mason, e vários outros personagens que dão desenvoltura à trama, cada um com suas características dignas de admiração e também desprezo. Ouso dizer que Vampire Academy corre o terrível risco de virar uma modinha adolescente, porém, não será por esse motivo que deixarei de admirar esse livro magnífico, que me deu uma grande inspiração na escrita e provavelmente será levado comigo para todos os lugares.

Obrigada, Richelle.


 


1° Lugar – A menina que roubava livros

Enfim, chegamos ao primeiro lugar! Surpresos? Eu também ficaria. Caso você não tenha percebido, a minha lista é constituída em sua maioria por séries de vampiros e romances impossíveis, portanto seria comum que o meu livro preferido pertencesse a esse gênero. Surpresa: não é.

A menina que roubava livros é especial pra mim por justamente não pertencer a essa classe de livros. Não é uma historinha comum de adolescente, com escolas comuns e enredos superficiais. Mas obviamente, não foge da melancolia e do envolvimento com o sombrio: o livro é narrado pela morte. Liesel Merminger é uma garotinha apaixonada por livros, que durante seu curto tempo de vida, esbarra com a morte por várias vezes e jamais é levada com ela. Desde o primeiro capitulo até o ultimo, nós temos uma visão do quão terrivelmente assustadora era viver na Alemanha Nazista, comandada por Hitler, e mesmo assim nos deparamos com frases ditas a partir da doce visão de uma criança, como por exemplo: "[...]E era muito bom viver na Alemanha Nazista". Sim, era bom. Liesel poderia ser pobre, poderia ser órfã, poderia perder muitas pessoas que amava, poderia ser muito jovem para entender algumas coisas, poderia esconder um judeu em seu porão e conviver com o constante medo da morte, mas ainda assim, era uma criança alegre que se felicitava com coisas pequenas como dividir uma bala com seu melhor amigo ou como quando roubava livros e passava seus dias imersa em palavras. Aliás, talvez seja por isso que eu amo tanto a Liesel, por me identificar com ela. A menina era completamente apaixonada por palavras, sua vida inteira leu livros e sempre foi encantada pelas letras.

Uma das minhas frases preferidas, é uma que liesel escreve em seu próprio livro – que a propósito, foi o livro que salvara sua vida –que diz: "Eu amei as palavras e as odiei e espero tê-las usado direito".

Simplesmente uma frase perfeita, uma historia perfeita e um livro que me fez sentir a intensidade de suas palavras de fronte com as minhas emoções mais profundas. Sem duvidas, o melhor livro que eu já lera em toda a minha vida.


 


 


 

Eu, o ônibus e os celulares

Ódio.

Uma vez me disseram que esse era o sentimento mais puro que uma pessoa poderia ter.

Sinceramente? Acho que isso é verdade.

Por que eu tenho certeza que jamais odiei tanto uma invenção, quanto eu odeio o viva voz presente em todos os celulares "modernos" desse mundo.

Cara, o que leva uma pessoa a escutar música dentro de um transporte público (PÚBLICO), em um volume irritante e nauseantemente alto? O que leva o ser humano a realizar tamanha crueldade para com os neurônios alheios? Francamente, eu não compreendo, e devo dizer que nem pretendo compreender.

E o pior de tudo é o fato de que muitas pessoas estão tão incomodadas quanto eu, mas em prol da manutenção das regras da sobrevivência em uma sociedade "democrática", ficam caladas, apenas contando os segundos para que a infeliz criatura desça do ônibus e a paz seja finalmente restaurada no recinto.

Quer saber? To cansada de manter o nível respeitoso desse blog, afinal, o site é meu e eu escrevo nele o que eu bem entender, certo?

Bom, lá vou eu.

Queridos amigos adeptos de celulares com viva voz:

ENFIEM SEUS MALDITOS CELULARES TECNOLOGICOS E GIGANTESCOS DENTRO DE UMA PRIVADA OU ENTÃO COMPREM A PORCARIA DE UM FONE DE OUVIDO, PORQUE CASO VOCÊS NÃO SAIBAM, ESSE MARAVILHOSO MATERIAL JÁ FOI CRIADO HÁ MUITO TEMPO E ESTÁ A VENDA EM QUALQUER LOJINHA, EM QUALQUER LUGAR. EU REPITO: COMPREM A PORCARIA DE UM FONE.POR QUE EU JÁ ESTOU CANSADA DE OUVIR SUAS MALDITAS MUSICAS REPETITIVAS E IRRITANTES. OS MEUS TÍMPANOS NÃO SÃO PINICOS PARA QUE VOCES DEPOSITEM QUALQUER SOM ESCROTO DENTRO DELES SEM AO MENOS ME PEDIR PERMISSÃO.SE O SEU GOSTO MUSICAL É UMA BOSTA, NÃO SIGNIFICA QUE TODAS AS OUTRAS PESSOAS TAMBÉM SEJAM ASSIM.

Então, acho que é só.

Obrigada pela atenção e voltem sempre. (:


 


 

Um pequeno Trecho de “Fallen”

Daniel se virou e bateu na testa dele com as duas mãos. – Você

não entende, Luce. – Ele sacudiu a cabeça. – Isso é o que você

nunca entende. –

Não tinha nada maldoso na voz dele. Em fato, era quase bondosa

demais. Como se ela fosse lenta demais para captar o que quer que

seja que era tão obvio para ele. O que fez ela ficar absolutamente

furiosa.

– Eu não entendo? – ela perguntou. – Eu não entendo? Deixe eu

te dizer uma coisa sobre o que eu não entendo. Você se acha tão

esperto? Eu passei três anos com uma bolsa integral na melhor

escola preparatória do país. E quando eles me chutaram, eu tive

que fazer uma petição, petição! Para que eles não apagassem meu

histórico das minha notas quatro-ponto-zero. –

Daniel se afastou, mas Luce perseguiu ele, dando um passo a

frente a cada passo de olhos arregalados que ele dava para trás.

Provavelmente assustando ele, mas e daí? Ele estava pedindo por

isso toda vez que ele era condescendente com ela.

– Eu sei Latim e Francês, e no ensino médio, eu ganhei a feira de

ciências três anos seguidos. –

Ela tinha encurralado ele contra o parapeito da passarela e estava

tentando se segurar para não cutucar ele no peito com o dedo dela.

Ela não tinha terminado.

– Eu também faço as palavras cruzadas do jornal Sunday, algumas

vezes em menos de uma hora. Eu tenho um preciso sentido de

direção ... apesar de isso nem sempre se aplicar aos garotos. – Ela

engoliu e tomou um momento para recuperar o fôlego.

– E algum dia, eu serei uma psiquiatra que realmente ouve os

pacientes e ajuda pessoas. Ok? Então não fique falando comigo

como se eu fosse uma estúpida e não me diga que eu não entendo

só porque eu não consigo decodificar seu erradico, falho, quente-num-

minuto-frio-no-outro, francamente. – Ela olhou para ele,

soltando a respiração. – Realmente insensível comportamento. –

Ela secou as lágrimas, zangada consigo mesma por ter ficado tão

exaltada.

– Cala a boca. – Daniel falou, mas ele falou suavemente e tão

carinhosamente que Luce surpreendeu ambos ao obedecer.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Conserta-se Pessoas



Ontem eu estava refletindo sobre qual seria o novo negócio em que meu pai iria investir para tentar ganhar um bom dinheiro, e quem sabe, comprar aquele tão sonhado barco de férias que ele tem sonhado em comprar durante tantos anos. Então, no exato momento em que me perguntava qual seria o novo negocio, uma imagem apareceu na minha mente: eu vi uma casa – a minha casa – e na frente dela tinha uma placa enorme, branca com letras vermelhas, meio tortas, escrito: "CONSERTA-SE BRINQUEDOS".

Então eu logo apaguei essas palavras mentalmente, e pus "PESSOAS" no lugar de "BRINQUEDOS".Afinal, meu pai nunca fora bom em consertar brinquedos, entretanto, eu sempre fui boa em consertar pessoas.

Não, na verdade eu nunca fui boa em consertar pessoas, mas eu passei uma grande parte da minha vida tentando fazer isso.

Desde pequena, eu sempre tive uma espécie de "encanto" por problemas a serem resolvidos e compreendidos. Eu sempre tive uma apreciação especial por aqueles brinquedos estragados ou riscados, sempre tive preferência pelas bonecas ditas "feias" ou esquisitas. E, como reflexo desse comportamento, todas as pessoas que passavam por minha vida acabavam passando pela sala de cirurgia, como uma espécie de tentativa frustrada que eu fazia, acreditando que pudesse "conserta-las" assim como sempre tentara fazer com minhas bonecas.

Eu acabava me apegando a cada criatura viva que passasse por mim, e assim como os brinquedos com defeitos, a maioria das pessoas tinham problemas a serem resolvidos.Em poucos anos, eu me tornara a "conselheira oficial" do ensino fundamental, desde dicas de estudos até palavras bonitas que eu escutava na televisão ou da boca de algum adulto em minha casa. Independente da pessoa que me pedisse um "conselho", eu sempre tinha boas palavras para anima-la, mesmo que fossem sem sentido e eu não soubesse ao certo o seu significado.

Então o tempo foi passando, e essa minha mania esquisita de ajudar os outros foi se modificando conforme os meses alteravam minhas perspectivas. Antes, eu costumava ajudar apenas àqueles "brinquedos estragados" que me pedissem por ajuda, entretanto, isso foi se expandindo em alguma parte muito importante dentro de mim, ficando de tal tamanho que me ensinara a procurar os problemas ao invés de espera-los. Era como se eu estivesse com a placa escrito "conserta-se pessoas" dependurada em meu pescoço, caminhando pelas ruas em busca de mais e mais clientes.

E isso de fato nunca me incomodou. A paixão que eu tinha pelas historias de vida das pessoas apenas aumentou, causando uma enorme felicidade em mim quando essas me procuravam ou respondiam avidamente às minhas inquietantes perguntas.

Algumas pessoas tentavam entender o que me motivava a querer compreende-las, mas nem eu sabia responder ao certo. Eu só sabia que eu tinha uma imensa vontade de abraçar o mundo com todas as minhas forças e talvez causar a tão sonhada revolução que eu sempre desejei que existisse. Mas não uma revolução que envolvesse armas ou sutiãs jogados em uma praça, e sim uma mobilização que envolvesse a compreensão e o respeito. Uma espécie de nova teoria, onde as pessoas se abraçariam e finalmente conseguissem enxergar além do que sua visão erradica e teimosa as faziam ver.

Infelizmente, não foi esse o resultado.

Eu me foquei tanto no lado bom das minhas ações, que esqueci completamente das conseqüências ruins que isso poderia trazer as pessoas ao meu redor.Sem querer, eu acabei por tocar em feridas que jamais deveriam ter sequer sido expostas. Eu coloquei band-aids onde não deveria, costurei peles que não existiam, pus mercúrio onde nunca deveria ter posto. Eu esqueci da primeira regra dos primeiros-socorros quando uma pessoa sofre um acidente muito grave: deixa-la imobilizada. Eu acabei me tornando naquilo contra o que eu mais lutara a vida inteira: um problema.

Eu causei frustração, raiva, medo, desordem. Eu contradisse tudo no que eu acreditava.

Eu mudei.

Então, me tornei melancólica e triste. Eu havia construído um monstro, assim como Victor Frankeinstein, mas ao contrario dele, o monstro havia nascido dentro de mim mesma ao invés de andar por ai assolando casas e matando crianças.

Eu era o meu próprio Frankeinstein, a minha própria aberração.

Hoje, eu faço apenas suposições, tentando não ter certeza de nada, tentando não dar uma palavra correta ou bem direta. Eu sempre digo um "talvez, quem sabe, vamos ver, pode ser" antes de colocar qualquer ponto final em minhas opiniões. Eu resolvi por parar de procurar soluções naqueles brinquedos estragados ou naquelas bonecas riscadas, porque eu percebi que eu ainda poderia brincar com eles, não importa o quão defeituosos eles estivessem. Eu ainda os amaria, independente de quantas doses de remédios eles precisassem.

Eu aprendi que as pessoas precisam buscar seu crescimento sozinhas, com suas palavras e crenças, tentando buscar seus prêmios por seus próprios méritos. Eu percebi que não cabe a mim dizer o que é correto, mas apenas guiar o caminho e mostrar as escolhas ao invés de dizer o que eles devem escolher.

Mas eu ainda sou aquela garotinha curiosa que acredita que uma pessoa pode mudar o mundo, não importa o quão difícil isso possa parecer.Então, você me perguntará o porquê, e eu direi: Por que embora as pessoas possam ser más, eu ainda tenho aquela confiança e teimosia dentro de mim que insiste em dizer que vale a pena acreditar que o mundo pode melhorar apenas com a evolução da mente humana.

Um dia, meus caros, vocês verão isso por conta própria, mas enquanto esse dia não chega, contentem-se com meus humildes textos utópicos, que talvez não sejam tão utópicos assim...