Translate

domingo, 30 de janeiro de 2011

Feios - Scott Westerfeld

" [...]- Além disso - insistiu Tally -, só porque vamos passar pela cirurgia não quer dizer que não vamos mais poder fazer coisas deste tipo.

- Acontece que os perfeitos nunca fazem, Tally. Nunca.

Tally suspirou e curvou os pés novamente para ir atrás da amiga.

- Talvez isso aconteça porque eles têm coisas melhores para fazer do que brincadeiras de criança. Talvez curtir festas na cidade seja melhor que perder tempo num monte de ruínas antigas.

- Ou talvez, depois que eles quebram e esticam seus ossos até alcançar o formato ideal, depois que arrancam seu rosto e raspam a pele, depois que enfiam maçãs do rosto plásticas na sua cara para que você fique igual a todo mundo... talvez, depois disso tudo,você simplesmente não seja mais tão interessante.

As palavras de Shay fizeram Tally vacilar. Ela nunca tinha ouvido uma descrição da

cirurgia como aquela. Nem na aula de biologia, quando os detalhes da operação eram relatados, a coisa parecia tão ruim."

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


"É de conhecimento universal que,
quando uma parte de sua vida começa a ir bem,
outra cai espetacularmente em pedaços."
- O diário de Bridget Jones

Olhar Além

É preciso parar de olhar para algumas coisas para realmente enxergá-las de verdade.

De uns tempos pra cá minha vida virou de cabeça pra baixo; não que isso seja exatamente ruim: Foi assim que descobri o que realmente era seguro e o que estava prestes a cair. Caiu. E infelizmente quebrou. Doeu. Mas olhe pra mim, ainda estou inteira, não completamente, mas o suficiente para escrever sobre isso ou qualquer coisa que eu tenha deixado para trás, inclusive aquilo, inclusive aquele.

Eu sempre faço isso, é minha mania de regar as lembranças com palavras sem sentido.

Talvez no fundo eu ainda me sinta dividida entre o que sou e o que fui e se isso não fosse tão cruel com pessoas que me amam, eu não me incomodaria em ficar pra sempre assim – por dentro.  Mas eu me sinto na obrigação de esquecer. Pra ser feliz, pra fazer feliz.

Eu sempre guardarei segredos dentro do estômago, assim como sempre deixarei pessoas.
Mas isso não muda o que eu sou, muda apenas a maneira com que as pessoas me enxergam.

Eu gosto disso.


 


 


 


 


 

Fonte: http://www.depoisdosquinze.com/2010/10/olhar-alem/

domingo, 23 de janeiro de 2011

Manuais Inúteis - Pt 1

Cinco maneiras eficazes de se tornar um idiota:

1- Minta

2-Não cresça

3-Não pense

4-Seja arrogante

5-Quebre suas promessas


 


 


 

Obs: A autora do texto não se responsabiliza por prováveis consequências não satisfatórias após a pratica de tal manual.

Enquanto houver - Titas


 


Quando não houver saída, quando não houver mais solução, ainda ha de haver saída. Nenhuma ideia vale uma vida. Quando não houver esperança, quando não restar nem ilusão, ainda ha de haver esperança. Em cada um de nos algo de uma criança.

Enquanto houver sol, ainda haverá...

Enquanto houver sol, enquanto houver sol...

Quando não houver caminho, mesmo sem amor, sem direção... A sos ninguém esta sozinho, e caminhando que se faz o caminho. Quando não houver desejo, quando não restar nem menos dor, ainda ha de haver desejo em cada um de nos aonde Deus colocou.

Enquanto houver sol, ainda haverá...

Enquanto houver sol, enquanto houver sol...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O abismo - Pt.3

Eu disse que não me importava, certo?

Bom, aguente meu peso, por que eu caí, assim como previ que fosse acontecer.

"Mas enquanto eu estiver na queda livre, eu perceberei que estarei melhor quando atingir o fundo." - Paramore, Turn it Off

19 minutos

O tempo necessário para que meus esforços tenham valido a pena.
Eu aprendi algo? Sim.
Muitas coisas.
Mas será que isso foi o suficiente? Será que só dessa vez o meu subconsciente resolveu me dar uma ajudinha?
Eu não sei se foi correto ter rezado tanto, ter chorado tanto, ter lutado tanto.
Mas eu aprendi a não desistir dos meus sonhos.
Agora faltam 16 minutos.
15 minutos.

O tempo foge pelos meus dedos sem que eu possa voltá-lo ao instante decisivo ou possa mudar meu mais pessimista e provável destino.

O tempo se esvai.

Junto com a minha esperança.

14 minutos.

Olá Abismo, nos encontramos novamente?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O abismo - Pt.2


Ele continuava ali: impassível.

Atraindo-me de todas as formas humanamente possíveis.

Ele grita por meu nome, suga minha energia. Mas ao contrario do que ele esperava, eu não me senti mal ou culpada. Não. Eu apenas o olhei de volta, com um sentimento irreconhecivel crescendo dentro das minhas entranhas, seguido por uma risada histérica.

Medida de desespero? Talvez... Mas eu não estava afim de uma reflexão mais profunda naquela hora. Não. Eu queria somente respostas.

Ele me encarou.

Eu segurei meu colar com um pouco mais de forca do que a necessária, mas tentei ignorar rapidamente esse pequeno sinal de fraqueza.

Eu sabia o que eu queria.
Determinação queimando em minhas veias, coragem movendo meus músculos. Eu comecei a falar, inutilmente, claramente, apenas esperando por uma resposta que não viria.
-" Hey coisa oca, eu estou aqui, então pare de enrolacao e me diga o resultado final." - Diferentemente do que eu pensava, abismos não costumavam responder de um modo convencional, com a utilização de palavras coerentes e um dialogo racional. Ah não mesmo. Eles costumam ser mais discretos, utilizando sinais naturais ou uma espécie de telepatia. Deve ser algo adepto da natureza, eu conclui.

-"Bem, quer saber? Eu não me importo. Faca o que você quiser, me responda ou continue calado. O covarde não sou eu dessa vez." - Rajadas de vento atravessaram minhas palavras. Um calafrio ultrapassou cada uma de minhas vértebras. Eu tentei manter minha respiração em um ritmo saudável. -"Ora, ora, ora... Alguém esta surpreso então? Engula isso, seu estúpido buraco de pedras: eu não me importo! Quer que eu grite mais alto? EU NÃO ME IMPORTO!"

As palavras deram um eco sobre natural depois de proferidas.

Eu não parei.

-"Mas não fique Tao triste... Eu estarei aqui com você, esperando pelo veredicto final e tentando achar uma saída astuto para que eu possa finalmente me libertar das suas garras. Oh, pode ter certeza que eu estarei aqui. O tempo e curto não e? Então... Será fácil para nos dois nos aguentarmos por alguns dias. Eu estou preparada pra você. E se eu tiver que cair, eu realmente não me importo em fazer isso. De qualquer modo, a dor e inevitável e o aprendizado e essencial. Como vê, tudo acabara do modo que sempre acaba: dolorido e necessário. Não adianta antecipar a minha queda ou cantar a gloria do primeiro voo. As coisas serão exatamente do modo que devem ser. E por essa razão, eu não sinto medo algum. "

Cansada de gritar em vão, eu me joguei no pedregoso chão de mármore e brita que se encontrava na mais alta montanha de todos os montes Cárpatos da Roménia.

Eu encarei aquele céu de fogo, com o gélido ar do inverno que cobria a linda paisagem. Atrás das nuvens, havia um sol, tao gloriosamente irónico quanto lhe era possível, mas eu não me importei.

Então algo inexplicável aconteceu:Um sorriso.

Um estúpido sorriso. No meu rosto. Na minha alma.Como se eu mesma estivesse achando algum tipo de humor naquilo tudo.

Sinceramente? Eu acho que eu estava.

Algo havia renascido dentro de todas as minhas angustias e esperanças. Uma inspiração, uma coragem, talvez... Tudo que eu sabia, era que a historia estava apenas começando.

E no meio do silencio mortal, apenas uma voz era escutada.

A minha própria voz. Susurros de uma prece prestes a ser atendida.

-"Quando você olha demais para o abismo, o abismo olha de volta para você."

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Devaneios


As árvores dançavam escondidas na escuridão. Eu podia vê-las claramente, sentindo o aroma de grama e orvalho, inalando a forte ventania que mantinha minha temperatura corporal a baixo dos 36 graus aconselháveis. Algumas mexas do meu cabelo atrapalhavam a minha visão, formando uma perfeita sincronia com o pesado vestido escuro que eu estava vestindo. A noite parecia tão... tão bela! Perfeita, utópica. Algumas nuvens cobriam o lado direito da lua cheia, deixando uma boa parte do céu descoberto para assim revelar as estrelas. Oh, tantas estrelas! Todas tão brilhantemente ofuscantes que tornara-se impossível manter a respiração de acordo com as batidas do meu coração. Tum. Tum. Tum. O oxigénio mal chegava e já tinha de se retirar rapidamente para oferecer ao meu cérebro alguma porção de combustível.

E então algo estranho. Um som. O som das árvores? Não... não consegui identificar o som... Obviamente se tratava do som do vento, mas de nada tinha a ver com árvores...

Então eu avistei, la adiante, em meio a colinas espessas e árvores rígidas, um castelo. Arquitetura gótica, portões de ferro, uma cruz na torre mais alta e uma aparência digna dos contos de Stephan King.

Eu me movi, lentamente, sentindo cada passo na grama umida, inalando o ar gélido da noite que chegava ate mim através da brisa de um oceano de nome desconhecido, localizado em um continente desconhecido. Um lugar sem nome, sem mapa. Mas eu o conhecia, lembrava dele, como se fizesse parte de mim.

O som paralisou meus pensamentos de novo. O som... O estranho som de... Som de maquinas? Não. Som de movimento de maquinas... Som de vozes, distantes... Um dialogo que eu conhecia de algum lugar... Mas de que lugar? Esse era o meu lugar. Aqui, a noite, perdida em um enorme e lindo terreno, com vista para o oceano e um castelo sombrio... Um desenho do que eu sou, como se eu mesma o tivesse construído...

Mas o som vinha de novo, e de novo. A voz... A voz... O sotaque inglês. Moderno demais para estar adequado a paisagem na qual eu me encontrava.

O som...da maquina e das vozes... Agora se unia ao som de uma porta se abrindo...

Uma luz acesa...

O lugar clareou. Eu pude ver o castelo por uma fracao de segundo. Eu o vi. Eu o admirei e eu iria correr pra ele...

Se não fosse o fato de que uma criança de 9 anos estava me encarando.

De repente, com um choque de calor e decepção, eu reconheci o barulho: Meu ventilador, minha televisão, minha porta, minha lâmpada e minha sobrinha.

E como um castigo cruel, eu havia sido expulsa do meu mundo, porque, injustamente, ele estava predestinado a estar apenas nos meus sonhos.




domingo, 16 de janeiro de 2011

As vezes me sinto...

como uma garotinha. Ainda olho em volta para verificar o que outras pessoas estão fazendo e me certificar que não sou completamente diferente; ainda olho em volta à procura de ajuda, esperando por uma rápida cotovelada ou um sussurro de advertência. Mas parece que não sou capaz de atrair a atenção de ninguém. Ninguém mais ao meu redor parece estar olhando em volta e se perguntando o que fazer.
Por que me sinto como se fosse a única pessoa confusa e preocupada a respeito das próprias escolhas e do caminho que está seguindo? Para onde quer que olhe, vejo pessoas apenas avançando. E talvez eu devesse simplesmente fazer o mesmo.

(Cecelia Ahern - Onde Terminam os Arco-íris)

Stuck on you - Paramore

Eu... Bem, eu apenas escutei essa musica.

Apenas li a letra.

Apenas me identifiquei.

"-Por que somente eu não posso ficar com quem eu gosto?

-Eu não sei... Talvez as coisas devessem ser assim."

Isso não precisa ser tão difícil. E vejo as possibilidas, a facilidade de ser feito. Confortável, adaptável. Apenas ali, simples.

Mas como diz a musica, eu simplesmente não consigo escapar do seu lamentar incessante.

De novo e de novo.

Invadindo meu sono e confundindo meus sonhos.

Com aquele zumbido dentro do meu ouvido.

De novo e de novo.

E de novo.

Incessantemente.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Good Enough - Evanescence

Under your spell again

I can't say no to you

Crave my heart and it's bleeding in your hand

I can't say no to you

Shouldn't have let you torture me so sweetly

Now I can't let go of this dream

I can't breathe but I feel good enough

I feel good enough for you

Drink up sweet decadence

I can't say no to you

And I've completly lost myself and I don't mind

I can't say no to you
Shouldn't let you conquer me completly

Now I can't let go of this dream

Can't believe that I feel good enough

I feel good enough

It's been such a long time coming, but I feel good

And I'm still waiting for the rain to fall

Pour real life down on me

Cause I can't hold on to anything this good enough

Am I good enough for you to love me too?

So take care what you ask of me

Cause I can't say no...

Como escrever em um teclado norte-americano

Isso e algo horrivel.
Eu nao tenho acentos, nao tenho o C cedilha, nao tenho como fazer um emoction entediado e nem como tirar "print screen" - por que eu nao consigo achar essa maldita tecla - e nao consigo me expressar direito.
Oh God, por que meu computador teve de explodir? Ta bom, ele nao tem tanta memoria como o notebook, e tambem nao tem uma tela LCD ou uma velocidade notoriamente avancada, mas eu gostava dele assim mesmo! Velho, lento, careta e complicado.
O MEU computador. Com as MINHAS musicas e com o MEU teclado - COM TODAS AS BESTEIRAS QUE A LINGUA PORTUGUESA EXIGE - e cara, eu tava feliz assim. Entao por que? Por que ele me deixou? Logo agora, que eu poderia escrever como bem entendesse e ler os meus livros e escutar as minhas musicas... Agora que eu poderia passar 24 horas dedicando minha atencao a ele. Por que ele me deixou?
Aquela estupida maquina ingrata. Resolveu tirar umas ferias quando EU TAMBEM estou de ferias.
Nao curti.
E a proposito, ficar escrevendo tudo errado ta comecando a me irritar.
Olha pra isso.
Comecando e diferente de comecando. POR QUE NAO TEM O "C" CEDILHA PRA DIFERENCIAR.
Ah, que se dane, eu desisto.


#Fail

sábado, 8 de janeiro de 2011

É agora

A reta final

Tudo sobre o que eu mais tenho falado, tudo pelo que eu tanto lutei, tudo que eu mais esperava se reduziu a simples paginas de uma prova terrivelmente inevitável.

Alguém pode me beliscar? Por que eu não consigo acreditar que finalmente estou de cara com o meu futuro.

É como se eu estivesse em um momento de deslumbração, perdida com a visão de inúmeras estradas diferentes que dependem apenas do meu humilde desempenho.
E se eu passar? E se eu reprovar? E se eu falhar? Mas e se eu mudar? E se eu for para outra faculdade? E se eu arrumar um emprego? E se eu fizer cursinho novamente? E se... e se... e se... e se... mas... contudo... talvez... quem sabe... será?...

Não sei!

Isso tudo é tão frustrante! Por que eu estou vivenciando um daqueles momentos em que você conta com o destino, sabendo que ele é a coisa mais incerta e surpreendente do mundo.

Eu tenho capacidade... Mas isso não significa que eu tenha uma vaga. Eu tenho esperança... mas isso não é sinônimo de auto-confiança. Eu tenho sonhos, mas isso não quer dizer que eu vou realizá-los agora. E então como ficarei eu? Na lama? No poço? Em um imenso buraco sem fundo? Me afogarei? Morrerei nadando? Meu pára quedas falhará?

O que, meu bom Deus, irá me acontecer a partir de agora?

- Silencio -


- Angustia -


- Medo –


- Esperança -

São as unicas coisas que eu sinto agora.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Vampire Academy VI - Last Sacrifice , Pt.3

[...]"— Huh? — Ele tinha-me vigiado de perto, enquanto eu estava considerando o destino dos meus amigos e foi pego de surpresa agora.
— Do que você está falando? —
— Você disse que era uma vítima. É por isso… é por isso que, em última análise, eu e você não combinamos. Apesar de tudo isso foi o que aconteceu, eu nunca pensei em mim dessa forma. Ser vítima significa que você está impotente. Você não pega em nenhuma ação. Sempre… sempre eu tive de fazer alguma coisa para lutar por mimpara os outros. Não importa o quê. — Eu nunca tinha visto tal ultraje na cara do Adrian.
— Isso é o que você pensa de mim? Que sou preguiçoso? Impotente? —
Não exatamente. Mas eu tinha a sensação de que depois desta conversa, ele iria fugir para o conforto dos seus cigarros e álcool, e talvez independentemente da companhia do sexo feminino que ele poderia encontrar.
— Não, — eu disse. — Eu acho que você é incrível. Eu acho que você é forte. Mas eu não acho que você percebeu — ou não aprendeu a usar nada disso. — E, eu queria acrescentar, que eu não era a pessoa que poderia inspirar isso nele.
— Isso, — ele disse, se movendo em direção à porta, — era a última coisa que eu esperava. Você destrói minha vida e depois me alimenta de inspiração filosófica. —
Eu me senti horrível, e foi um daqueles momentos em que eu não queria que minha boca apenas deixasse escapar a primeira coisa em minha mente. Eu tinha aprendido um monte de controle, mas não o bastante.

— Estou apenas dizendo a verdade. Você é melhor do que este… melhor do que seja o que for que você está tentando ser agora. — Adrian colocou a mão na maçaneta da porta e me deu um olhar triste.
— Rose, eu sou um viciado sem ética de trabalho, que provavelmente vai passar a insano. Eu não sou como você. Eu não sou um super-herói. —
—Ainda não, — disse eu. Ele zombou, balançou a cabeça, e abriu a porta. Pouco antes de sair, ele se virou e me olhou.
—O contrato está nulo e sem efeito, já agora. — Eu me senti como se eu tivesse levado um tapa na cara.
E num desses raros momentos, Rose Hathaway foi rendida sem palavras.Eu não tinha um gracejo espirituoso, sem explicações elaboradas, e nenhum discurso zen profundo. Adrian partiu, e eu me perguntava se eu o veria novamente."

Vampire Academy VI - Last Sacrifice , Pt.2

[...]"— Ah, minha filha, — disse ele. — Com dezoito, e você já foi acusada de assassinato, ajudou criminosos, e adquiriu um número de mortos maior do que a maioria dos responsáveis nunca vai ver. — Fez uma pausa. — Eu não poderia estar mais orgulhoso. —
Revirei os olhos. — Adeus, velhote. — E obrigada. Eu não ia me incomodar perguntando a ele sobre a parte dos criminosos. Abe não era estúpido. Depois de que eu lhe perguntei sobre uma prisão de onde mais tarde um criminoso fugiu, ele tinha, provavelmente, descoberto quem estava por trás da fuga de Victor Dashkov.
E assim, Dimitri e eu estávamos no carro, acelerando em direção do novo portão de Abe. Lamentei não ser capaz de dizer adeus a Lissa."

Vampire Academy VI - Last Sacrifice , Pt.1

[...]"Uma pistola. Eu tinha sido derrubada por uma arma. Era quase cômico. — Trapacearam — pensei. Eu tinha passado a minha vida com foco no mano-a-mano, combate, aprender a esquivar de mãos presas e poderosas que poderia agarrar meu pescoço. Uma arma? Foi assim...Assim tão fácil. Deve ser um insulto? Eu não sabia. Será que isso importa? Eu não sei o que queria. Tudo que eu sabia naquele momento era que eu ia morrer, independentemente.
Minha visão estava ficando escura, da escuridão os fantasmas, e no fim eu jurei, era como se eu pudesse ouvir Robert sussurrando em meu ouvido: O mundo dos mortos não vai desistir de você uma segunda vez.
Pouco antes da luz desaparecer completamente, eu vi o rosto de Dimitri junto a Lissa. Eu queria sorrir. Decidi então que se as duas pessoas que eu mais amava estavam a salvo, eu poderia deixar este mundo. Os mortos podem finalmente me ter. Eu tinha cumprido o meu propósito, não é? Para lhe proteger? Eu tinha feito isso. Eu tinha protegido Lissa, como eu tinha jurado que eu sempre faria. Eu estava morrendo na batalha.
Nenhum livro de nomeação para mim. O rosto de Lissa brilhava em lágrimas, e eu esperava que tivesse transmitido o quanto eu a amava.
Com a última centelha de vida que eu tinha deixado, eu tentei falar, tentei deixar Dimitri saber que eu o amava muito e que ele tinha que protegê-la agora. Eu não acho que ele entendeu, mas as palavras do código dos guardiões foram meu último pensamento consciente.
Eles vêm em primeiro lugar."

domingo, 2 de janeiro de 2011

Conclusão

Perseguem-me, me perseguem incansavelmente... Infortúnios... Malditos ou adorados? Sempre tão dispostos a acabar com meus planos, sempre terrivelmente tão fáceis de ser encontrados. Eu não os procuro: eles me acham. Sem resistência, sem problema, sem seguro de vida, sem aviso, sem absolutamente nenhum tipo de consideração pelos danos causados. Apenas surgem, como punhais de dois gumes, adaptados a cortar-me os pensamentos em todos os ângulos possíveis.

Seja um fator climático que destrua meus planos de passeio ou suje minhas roupas; um fator computadorístico que me impeça de concluir o download aos 98% porque a maquina resolveu reiniciar; um fator alimentício como a falta de gás na hora menos propícia; um fator higiênico, como a falta de bom senso do cara com o a axila exposta a cinco centímetros do meu nariz em um ônibus lotado na volta para a casa; um fator acidental, como uma moto desordenada raspando sua perna direita, que lhe renderia alguns pontos e algumas vacinas; um fator econômico, como a perda de sua carteira, que coincidentemente continha sua identidade e todo o seu mísero salário; ou, pode ser também, um fator totalmente aleatório. Algo definitivamente inesperado e aparentemente inofensivo: Um “oi".

Espera aí. Eu disse a palavra “inofensivo”?

É, eu disso isso.

Não fosse pelo lado cômico da historia, eu poderia simplesmente continuar meu texto, desenvolvendo uma teoria maluca sobre o porquê de ser perseguida por gatos pretos e espelhos quebrados.

Mas não dessa vez.

Não nessa postagem.

Ao invés, vou divagar sobre o “oi”. Aquele baixo, desnorteado, atrapalhado, tímido e rápido “oi”. A causa de uma confusão. O motivo de discussões. O causador de insônias. O gerador de uma reviravolta total no que eu costumava chamar de “concreto”. Uma mudança de planos, desorientação de ventos. Um verdadeiro inicio de algo próximo de uma “Riot”.
O que temos aqui, então? Uma pessoa cumprimentado a outra?
Não.
Uma pessoa entrando,modificando, descobrindo e influenciando a vida de outra pessoa. Traduzindo: Um infortúnio. O pior tipo deles. O tipo que vem, não apenas para te impedir de fazer algo temporário ou fazer com que você ria depois. Não. Esse era o tipo necessário de infortúnio. Aquele que te faz aprender, que te faz bem, apesar de todo o mau causado. Um infortúnio com livre arbítrio e uma notória capacidade anormal de comunicação. Não era um dano causado pela natureza ou por um descuido de comportamento de alguém. Era apenas uma pessoa.

Era isso: meu mais terrível infortúnio, a minha mais recente tragédia, era apenas uma pessoa.

E, além de ser um infortúnio, isso também se transformou em um paradoxo: era uma pessoa adorável. Uma tragédia convidativa. Um infortúnio adocicado.
Como se chama isso? Que tal... Adorável infortúnio?

Ironicamente, paradoxalmente, irracionalmente, finalmente e recentemente, você se tornou o meu mais adorável infortúnio.

O causador dos meus problemas.

Mas também a solução para uma boa parte deles.