[...]"— Huh? — Ele tinha-me vigiado de perto, enquanto eu estava considerando o destino dos meus amigos e foi pego de surpresa agora.
— Do que você está falando? —
— Você disse que era uma vítima. É por isso… é por isso que, em última análise, eu e você não combinamos. Apesar de tudo isso foi o que aconteceu, eu nunca pensei em mim dessa forma. Ser vítima significa que você está impotente. Você não pega em nenhuma ação. Sempre… sempre eu tive de fazer alguma coisa para lutar por mim… para os outros. Não importa o quê. — Eu nunca tinha visto tal ultraje na cara do Adrian.
— Isso é o que você pensa de mim? Que sou preguiçoso? Impotente? —
Não exatamente. Mas eu tinha a sensação de que depois desta conversa, ele iria fugir para o conforto dos seus cigarros e álcool, e talvez independentemente da companhia do sexo feminino que ele poderia encontrar.
— Não, — eu disse. — Eu acho que você é incrível. Eu acho que você é forte. Mas eu não acho que você percebeu — ou não aprendeu a usar nada disso. — E, eu queria acrescentar, que eu não era a pessoa que poderia inspirar isso nele.
— Isso, — ele disse, se movendo em direção à porta, — era a última coisa que eu esperava. Você destrói minha vida e depois me alimenta de inspiração filosófica. —
Eu me senti horrível, e foi um daqueles momentos em que eu não queria que minha boca apenas deixasse escapar a primeira coisa em minha mente. Eu tinha aprendido um monte de controle, mas não o bastante.
— Estou apenas dizendo a verdade. Você é melhor do que este… melhor do que seja o que for que você está tentando ser agora. — Adrian colocou a mão na maçaneta da porta e me deu um olhar triste.
— Rose, eu sou um viciado sem ética de trabalho, que provavelmente vai passar a insano. Eu não sou como você. Eu não sou um super-herói. —
—Ainda não, — disse eu. Ele zombou, balançou a cabeça, e abriu a porta. Pouco antes de sair, ele se virou e me olhou.
—O contrato está nulo e sem efeito, já agora. — Eu me senti como se eu tivesse levado um tapa na cara.
E num desses raros momentos, Rose Hathaway foi rendida sem palavras.Eu não tinha um gracejo espirituoso, sem explicações elaboradas, e nenhum discurso zen profundo. Adrian partiu, e eu me perguntava se eu o veria novamente."
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