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domingo, 12 de dezembro de 2010

Mais uma Divagação

“Se você quer divulgar algo, então divulgue a música! Dê importância a musica, faça marketing dela, promova o que nós tocamos e não a sua genitália”.– Joan Jett, no filme “The Runaways”

Essa é uma frase que ficará nas minhas preferidas.

Joan Jett podia ser bêbada, drogada, fumada, bissexual, selvagem e completamente irresponsável, mas ela tinha determinação. E hoje, se você procurar na wikipedia, ela esta na lista dos 100 melhores guitarristas do mundo. Ela foi uma das poucas mulheres que superaram as malditas barreiras da padronização masculina, tornando o rock adepto de mulheres também, sem falar que ela naturalmente se enquadra num dos maiores movimentos musicais feministas dos últimos tempos: Riot Grrrl –(http://pt.wikipedia.org/wiki/Riot_Grrrl) - .
Bom, não importa se ela foi boa moça ou não. O importante é que, depois de ter assistido esse filme, algo reacendeu dentro de mim. A revolta delas com o sistema machista, a rebeldia, a paixão pelo rock, a pressão de todo mundo que duvidava do sucesso, fez com que eu lembrasse do tempo em que queria tocar guitarra e ter uma banda ao melhor estilo violento da palavra. Pra falar a verdade, acho que toda garota já sonhou em ser uma guitarrista problemática e profunda, com coleiras de espinhos e roupas pretas, andando por ai com suas guitarras no corpo, uma maquiagem pesada nos olhos, o cabelo picotado e uma camiseta com um “Fuck you” bem grande e vermelho na frente.

A questão é que, não importa se você é politicamente correto. Isso não muda seu caráter ou afoga seus sonhos. O que realmente importa é você se dedicar ao que ama, é lutar pelo que quer, sem se deixar cair. Foi isso que as “Runaways” fizeram. Foi isso que todo grande líder fez e é isso que nós deveríamos fazer.

Audácia, onde está você?

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