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domingo, 13 de fevereiro de 2011
A colecionadora de Coracoes
[...]" Violete, cujos maliciosos olhos cegavam-me a ponto de persuardir-me sem uma palavra se quer, trajava naquela noite um belissimo vestido branco, envolta por um brilho demoniaco em todo seu esplendor. Os cabelos, de um vermelho sangrento, brilhavam sedutoramente a luz do luar. Ela veio ate mim, sem nunca desviar os assustadores olhos de meu rosto. Eu estava inebriado por seu magnetismo altamente destrutivo. Foi com um grande esforco de minha parte que consegui me concentrar racionalmente em suas pernas - mais precisamente na lamina que brilhava por baixo do fino tecido de seu vestido.
A consciencia de tal perigo, fez-me lembrar de todas as vitimas de quem ja havia ouvido falar: Homens jovens, vivazes, com sua vida arrancada de si no momento da paixao atraves de uma fria punhalada certeira em seus coracoes.
Era assim que a criminosa era conhecida: A colecionadora de coracoes."
No ano de 2009, digamos que minha imaginacao foi um pouco alem das fronteiras das humildes redacoes de escola, sendo explorada mais a fundo no meu velho computador. As historias de vampiros, fantasmas e romances proibidos brotaram de um lugar desconhecido de mim, causando espanto e admiracao da minha propria parte. E como nao fosse o suficiente, eu acabei criando uma linda e temivel psicopata: Violet. A cruel mulher sem sentimentos, orfa de pais, criada pelo tio bebado e educada em uma escola de freiras extremamente propensas ao erro.
Foi assim que eu imaginei a minha anti-heroina preferida, rasgando os peitos de homens inocentes e arrancando seus coracoes com machados ou punhais. Depois, eu imagino essa pequena doentia-assassina colocando tais orgaos em vidros, um ao lado do outro, em uma interminavel fileira em suas prateleiras, dentro de uma grande sala no porao de sua casa. Todos coracoes ali: ensaguentados e bem conservados apenas para o deleite de minha heroina.
Ela os faz se apaixonar e depois os mata lentamente, sentindo sua dor e triunfando na morte da sua inocente vitima. Depois, friamente joga seus corpos no fogo ou em algum esgoto, deixando apenas o coracao como prova de que tal infeliz criatura uma vez existiu.
A historia e macabra e um pouco engracada por conter toques terriveis de satira ao que acontece na vida real. E a satira que me entrega por completo: o humor utilizado pra ilustrar o que vemos todos os dias, o que fazemos todos os dias.
Colecionamos coracoes, destruimos vidas, triunfamos na dor.
E isso o que humanos fazem.
E isso o que eu faco.
Quem quer ser o proximo?
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