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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Forfun - Escala Latina

Índios habitavam em paz as suas ocas

Até que as raposas deixaram suas tocas

Vieram pelo mar com a cruz e a espada

Pra roubar e violentar a nova terra imaculada


 

Pretenciosos, senhores da razão

Queimaram na fogueira o valor da intuição

Extermínios, catequeses e a 'Santa' Inquisição

São séculos de crimes, tortura e escravidão


 

Navios negreiros não cruzam mais o oceano

Mas o trabalho e o dinheiro continuam escravizando

Impondo ao mundo a cultura do capital

Materialismo, acumulo e o pensamento individual


 

Abstrairei os ataques da propaganda

E os valores egoístas que eles vêm para pregar

A mentira secular de trabalhar para viver

E a rotina angustiante de viver pra trabalhar


 

A concorrência de mercado e a histeria produtiva

A sociedade de consumo e seu sentido sem sentido

Marginalizam o ócio e a vida contemplativa

Sufocando almas num deserto criativo


 

Navios negreiros não cruzam mais o oceano

Mas o trabalho e o dinheiro continuam escravizando

Impondo ao mundo a cultura capital

Materialismo, acúmulo e o pensamento individual


 

O sangue e o suor os povos do mundo inteiro

São oferendas colocadas no altar do Deus dinheiro

Mas essa forma de existência desumana e limitada

Será em breve abolida e pelo amor superada


 

Um fato sabido é que o luxo só existe às custas de muita miséria e o bem-estar social é privilégio de poucos, que se pratica uma lavagem cerebral disfarçada com o nome de entretenimento, mas mesmo diante da maior das atrocidades não experimentaremos sentimentos como o ódio e o desprezo. Ao invés disso nossos corações transbordarão amor e compaixão.

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