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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Regime Penitenciário

Estou farta de querer. Quero deixar de querer. Mas também quero não querer querer deixar de querer.
Então, tecnicamente, não quero não deixar de querer por que isso seria querer alguma coisa.
Haja Deus no céu!
De que me serve um cérebro que não atinge sua potencialidade suprema quando tudo o que temos a fazer é pensar em rodeios que nunca se findam?
Pobres dos filósofos mortos que hoje vivem em suas eterna confusões existenciais.
Abençoados sejam os ignorantes, os religiosos, os ateus, os socialistas, os idealistas, os miseráveis e as crianças: Livres nas suas correntes mentais de aprisionamento voluntário.
Faço parte da população amaldiçoada pelo questionamento constante, até mesmo quando não há questionamento. Quero que as lógicas vão para o inferno. Que inferno? Quero que vão para o vazio existencialista que talvez não exista em uma lógica constante de cálculos mal formulados. Quero que o planeta se exploda em estilhaços e dê à luz uma nova geração, que dessa vez não terá erros. Mas também não quero.
Estou voluntariamente aprisionada ao meu querer.

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