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quarta-feira, 20 de junho de 2012

I Need to Know – Kris Allen

Te procuro no meio de todos esses faróis. São dezenas de carros entulhados na décima avenida. Onde tu estás? Acordei no meio da noite só pra te procurar. Precisava te dizer... Veja, eu só precisava te dizer que... Bem, acho que tu não quer ouvir. Tudo bem. Não, sério. Tudo bem mesmo. Só... Onde tu estás?

Bati na tua porta com toda a força, te liguei com toda a determinação, te procurei com toda a teimosia, não te achei. Daí lembrei que tinham as escadas de emergência, lembra? A gente costumava subir até o terraço por ali. Lembra? Por favor, diga que lembra. Por favor, me responda. Onde tu estás? Eu só precisava saber... Eu só... Eu só queria te ver.

Estamos bem, certo? Eu e tu. Eu não posso ter vindo até aqui sozinho. Não depois de tudo. É que ontem choveu, daí pensei em ti. Penso em ti quando faz sol também. Penso em ti quando venta e quando sinto o cheiro de cachorro molhado. Sei, parece meio maluco, mas acho que sou maluco mesmo. Não de forma patológica, mas maluco. Onde tu estás? É que agora dói. Dói bastante, sabe. Eu só queria te dizer que... Bem, acho que tu não quer saber. Só aparece por aí, quando quiser. Eu só queria te ouvir.

Andei meio triste e feliz. É estranho te dizer isso, mas é que tu precisa saber. Tua ausência faz de mim triste, tua lembrança faz de mim feliz. É maluco, eu sei. Mas é que sou meio maluco mesmo. E... Eu só... É que eu realmente andei te procurando. Onde tu estás? Onde tu te escondes? Se eu... Onde te encontro? É que eu estou sozinho nesse terraço, contando todos esses faróis e lembrando de como tinha sido o teu treze de julho. Que saudade de te ouvir contando sobre o teu treze de julho.

Te trouxe essa rosa, cuida dela. Sei que não vai cuidar. Sei que não vai me responder. Eu só precisava saber... É que eu... Eu só... Onde tu estás? Eu só queria saber. Eu só queria respostas. Então se tiver restado alguma dose de altruísmo, responda-me: Onde te encontro? Não tenho tomado café, por que tu me dissestes que isso me levaria à taquicardia. Não tenho mais fumado, por que tu me dissestes que isso me levaria ao câncer. Não tenho mais te procurado, por que tu me dissestes que estava bem.

É que... E se eu não estiver bem? O que acontece? Onde tu estás? Responda-me. Eu preciso saber. Oh, eu preciso saber de tantas coisas... Há tanto sobre o que perguntar e, onde tu estás? É que... Acho... Não. Tenho certeza. É que te amo, mas não sei como lidar com isso. Não mais. Conto faróis e marcas de carros. Gravo placas, ataco pessoas. Te vejo em todos os sorrisos, em todas as esquinas vazias, em todos os copos de café com leite. Tu não entende? É que te amo e estou no terraço. É que te amo e preciso de uma escada de emergência pro teu terraço. É que amo esse terraço, o teu terraço. É que amo esses sorrisos, o teu sorriso.

Sabes bem, sou meio maluco. Mas preciso saber. Eu acho que sei, mas ainda preciso saber. Eu só queria saber se... Se onde tu estás, tu está feliz. Vem tomar um café qualquer dia comigo e me falar sobre o teu treze de julho, sobre o teu vinte de junho, sobre o teu quatro de maio. Eu só preciso saber se tu é feliz. Sei que escrevo mal, pareço meio maluco, troco palavras, vírgulas que mal sei usar... Mas é que preciso falar contigo de alguma forma e só escrevendo tu vais entender... É que te amo. Me conta, qualquer dia desses, de como tu ama. Pode ser no meu vinte e nove de junho? Vou te esperar naquela esquina, daí tu aparece e me mostra algum sentido. Não vejo sentido, entende? Então vem me mostrar algum sentido nesse terraço. Eu só preciso saber... Vem. Tá? Tô te esperando.

É que te amo. Vem com aquele vestido xadrez. É que te amo ainda mais naquele vestido xadrez. Pensando bem, vem no vestido florido. É que te amo menos no vestido florido. Trezentos e trinta pares de faróis...

É vinte e nove de junho.

Onde tu estás?


 


 


 


 

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