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terça-feira, 29 de março de 2011

Orgulho e Preconceito - Jane Austen

Enquanto esperava a minha não-assídua amiga, sentada nas pedras que ficam em frente a minha faculdade, deparei-me com um dialogo digno de minha mais completa admiração. Para passar o interminável tempo, eu resolvi dar um fim a uma leitura que ha muito me tirava a paciência: Orgulho e Preconceito. Foi então que acabei por ler um dos textos mais inspiradores que já li. Mais uma vez, me vejo como um grão de pólvora sendo febrilmente despertado pelo fogo. Jane Austen me surpreendeu com a inteligência de sua historia e a suavidade de seus personagens, fazendo-me repensar no que mudaria na personalidade de determinados personagens ainda intactos na minha mente. Por isso, colocarei o dito cujo aqui, para ler e reler a hora que eu (e vocês) quiserem.

Capitulo LX , Pag.297

"[...]Como começou? - indagou ela. - Posso compreender perfeitamente que tenha continuado uma vez dado o primeiro passo, mas o que foi que o estimulou?

- Não posso fixar a hora ou o lugar. Aconteceu ha muito tempo. Eu já me encontrava no meio e ainda não sabia que havia começado.

- Minha beleza, você a havia negado desde o inicio. E quanto aos meus modos, ao meu comportamento em relação a você, sempre beirou a falta de educação. E quase sempre, quando me dirigia a você, era com o propósito de feri-lo. Agora seja sincero: foi por causa da minha impertinência que me admirou?

- Pela vivacidade de sua inteligência.

-É melhor chama-la de impertinência. Faltava pouco para isso. O fato é que você estava cansado de gentilezas, deferências e atenções. Sentia-se enojado com as mulheres que falavam, agiam e pensavam com o único objetivo de conquista-lo. Despertei sua atenção porque era tão diferente delas. Se você não fosse realmente bom, teria me odiado. Mas, apesar do trabalho que teve para disfarçar os seus sentimentos, estes sempre foram nobres e justos. E no seu intimo sempre desprezou as pessoas que o cortejavam com tanta Constancia. Pronto, já lhe economizei o trabalho de uma explicação. De fato, pensando bem, acho minha hipótese muito razoável. Para falar a verdade, você não reconhecia em mim nenhuma boa qualidade. Mas ninguém pensa nisso quando se apaixona."

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