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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Descuido

Sentei-me, impaciente, à espera da sorte. Que horas ela chegaria?

Meus pés balançavam-se em uma dança desorganizada, o coração me tombava ao peito descontrolado.

Havia luzes no céu, naquela noite. Estrelas, milhões delas, reluzindo ao longe pra que eu visse.

E senti inveja.

Afinal, que idiota ficaria a idolatrar o meu brilho de tão longe?

Bufei.

O relógio marcava vinte horas, a sorte tinha me dito que apareceria as quinze.

Fui embora, com aquela bolsa enorme repleta de livros.

Fui-me embora daquela espera sórdida.

Mas, ai de mim, não sabia. Que ali, logo mais abaixo de onde estava sentada, um trevo de quatro folhas tinha morrido com o meu peso.


 

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