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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Marx e Durkheim

Eu definitivamente não estava afim de escrever. Mas era obrigada por todo esse bando de obrigações estúpidas nas quais estamos inegávelmente inseridos. Aliás, de que me vale o conhecimento de Marx ou Durkheim? São burros e idiotas. Sociólogos estúpidos que tentavam entender o mundo num ciclo propenso à destruição. Mas, querendo ou não, eu os conheço. Não como alguém que estudou por décadas sobre suas vidas, mas como alguém que leu alguns textos xerocados no prédio mais barato da universidade, apenas para ter na cabeça imunda algumas informações baratas sobre duas pessoas que podem me fazer ganhar aluns pontos em uma prova qualquer da minha maldita cadeira de sociologia jurídica.

Daí eu fico assim: parada. Aliás, de que me vale conhecer Marx e Durkheim? Não, não me vale nada, além de um zero vírgula tantos naquela prova, mas eu já disse isso. E quem se importa?
Não vale a pena gastar minha imaginação falha em palavras medíocres de um texto de terça-feira. Aliás, o que Marx e Durkheim diriam de mim? "Bela covarde você, hein amiga".

Ou talvez dissessem isso em alemão o que os tornaria claramente mais elegantes e clássicos e modernos e estupendos do que eu na minha insignificância do português errôneo desse país de terceiro mundo.
Ah, quer saber? Acho que na verdade eles se matariam. É, se matariam mesmo. Quando vissem que a saúde e o bem-estar público são menos importantes do que a economia capitalista de um país dito democrata. Não temos estrutura, porra. Não temos. Daí vem todos aqueles lindos artigos sobre democracia e igualdade e garantias fundamentais. Pro espaço com garantias fundamentais. Me ensinam todos os dias lorotas de que somos iguais e de que temos direito à moradia e à proteção e a um bando de frescurice política pra manter as boas aparências. Daí vem aquela outra estupidez jurídica que chama de "formal e material". Pro inferno com "formal e material". E se tu não entendes nada do que eu digo, que dirá de mim! E eu digo porra mesmo! Porque se uma merda duma norma existe, então ela existe!

Ah dane-se Marx com sua ditadura socialista. Dane-se Durkheim com suas teorias sobre sociedade. E dane-se Rousseau com seu sotaque francês e esquizofrênia genial. E dane-se a mim que tento criticar fragmentos de um conhecimento ralo que sou obrigada a receber.

Não, crianças, não me escutem.

Eu sou burra e jovem. E jovens não sabem de nada.

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