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domingo, 22 de abril de 2012

Viva la revolucion

Tem duas madrugadas que eu não consigo dormir direito por que fico pensando sobre o que escrever e sobre o que faz sentido e o que não fez e o que realmente merece minha atenção e o que não merece. E, hoje, enfim, eu vim escrever. Vim escrever sobre a minha falta de respeito e compreensão para com as pessoas burras. Eu simplesmente tenho um preconceito enorme com pessoas burras. Por quê? Por que elas são burras! E eu não tô falando de conhecimento acadêmico nem de quem ganhou mais honras na vida. Não, nada disso. Eu tô falando sobre aquela gentinha estúpida que faz questão de ser idiota. Meninas que falam baixinho para parecerem instigantes, meninos que riem como macacos para parecerem engraçados. Velho que se faz de coitado pra se aproveitar dos outros, criança que se faz de inocente pra conseguir atenção.

Como a própria Jane Austen descobriu há dois séculos atrás, ser ignorante hoje em dia é muito conveniente. É muito conveniente não entender nada que acontece no mundo, não saber de nada que a política e a economia pretendem fazer, não saber de nada que o lado negro da vida oferece. É mega conveniente olhar pra televisão e absorver qualquer palhaçada que as emissoras são pagas pra exibir, de maneira que a nossa inteligência se venda pelo entretenimento barato. É super conveninente que as pessoas só saibam sobre os crimes que os próprios pobres cometem, que o próprio proletariado faz, apenas pra entreter a inteligência com noticias escassas sobre o mundo. Sabe por que? Por que assim fica mais fácil de manipular. E se todo mundo soubesse do que acontece, ali nos sets de filmagem? E se todo mundo soubesse dos retoques, das falas decoradas, dos macetes pra ficar rico mais fácil e do jeito como a corporação se infiltra na nossa cabeça pra meter um bando de informação estupida que vai servir de bode expiatório para os erros deles? Bem, então teríamos a revolução dos peões. E isso dificultaria muito o controle da massa. Então, esqueçam de tudo que eu falei até aqui, por que nada pode fazer sentido.

Ter um cérebro hoje em dia é perigoso, é absurdo, é errado. Somos milhares de bruxas sendo queimadas em praça publica por questionar a autoridade da politica e do clero. Somos nobres alquimistas questionando os erros daqueles que tem o poder no reino. E se você quer se manter vivo em segurança, não questione. Abaixe a cabeça, respire fundo e faça o que eles querem que você faça. Não questione, não reflita, não duvide. Diga sim, uma, duas, três vezes. Quantos forem necessárias pra viver de forma cômoda e tranquila. Não sei isso pode funcionar com vocês, mas não funciona comigo. Eu até posso desistir ás vezes, mas nenhuma vez durou pra sempre.

Um sábio professor uma vez me disse que o que era necessário para muda o mundo, era a ereção. Tá, não exatamente a ereção, mas a excitação. Temos que estar sempre excitados para que algo aconteça. Se vocês não tem a mínima vontade de mudar o sistema, então não tentem. Mas se você, assim como eu, não consegue engolir isso direito, se você, assim como eu, sente algo arranhando a garganta, então se junte a mim. Vem queimar na fogueira comigo! A gente pode fazer muitas coisas juntos, e eu não me refiro a passeios inocentes. Eu falo de revolução. Não quero guerra, mas não quero paralização. Quero opiniões. Então, por favor meus amigos, digam que sim! Digam que aceitam correr o risco de serem chutados e mal compreendidos. Mas unam-se na minha revolta, por que, como diria minha mãe, uma andorinha só não faz verão.

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